Vencedor do prêmio AGIR, do Itaú, é reintegrado após demissão durante a pandemia
Decisão judicial proferida pela 58ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro determinou que o Itaú Unibanco reintegrasse um bancário demitido no curso da pandemia, sem justo motivo, diante do descumprimento do compromisso assumido com seus acionistas, colaboradores e toda a sociedade.
O empregado, Gerente de Suporte Operacional (GSO), com mais de 15 anos de atividade no banco, contemplado inclusive com a maior premiação da empresa, intitulada “Ação Gerencial Itaú Resultado” (AGIR), foi dispensado quando estava no percurso de casa para o banco, no viva-voz de seu celular.
Ao recorrer judicialmente, sua demissão foi anulada. Na decisão, a juíza Luciana Gonçalves de Oliveira Pereira das Neves, endossa a tese dos advogados do SS&R, representantes do bancário na justiça, que, em suas palavras: “as declarações e o compromisso assumidos pelo Réu (o banco), foram feitos publicamente e formalmente, em um momento de extrema vulnerabilidade dos que detém em sua força de trabalho o único meio de prover a subsistência de si e de sua família e dessa forma gerou expectativa nos trabalhadores de terem seus empregos efetivamente protegidos” e ressaltou que “ainda que atenuadas e flexibilizadas as medidas restritivas relacionadas à pandemia, é certo que ainda não controlada a pandemia do novo coronavírus, já que os níveis de contaminação ainda são alarmantes e crescentes, em todo país”.